Como já referi, a moeda em questão tem 19 mm de diâmetro e é de bronze. Foram emitidas moedas identicas com as datas de 1917, 1918, 1920 e 1921. Em relação à moeda de 1922, apenas são conhecidas 6 exemplares, sendo que 2 delas estão em museus e as restantes 4 estão em colecções particulares. Para terem uma ideia do valor da moeda, o ultimo exemplar a ser comercializado foi vendido por 15 mil contos.
Aqui fica a imagem de um moeda de 1918. A de 1922 é igual, apenas mudando a data.


Será que só há mesmo 6 exemplares??? Ou será que a qualquer momento aparecem uma data delas. Há quem defenda que se não apareceram outras entre 1922 e 2006, não será agora que irão aparecer, o que até tem a sua lógica.
Já devem estar a pensar o que levou a Casa da Moeda a apenas cunhar 6 moedas destas!!! Aí é que está, não foram cunhadas apenas 6 moedas mas sim 2.150.000! Só que em 1922, na época a que as moedas iriam ser lançadas, o seu valor real, em peso de bronze, havia ultrapassado o valor nominal da moeda (1 centavo), o que fez com que as moedas ficassem em depósito na Casa de Moeda até Junho de 1924, altura em que foram refundidas e aproveitado o bronze para fazer as moedas de 50 centavos e 1 escudo em bronze-aluminio.
Esta história é verdadeira, e está documentada. Havia um mito, que apenas haviam cunhado 6 moedas pois o cunho havia partido, não sendo substituido na altura. Esta versão foi desmentida em 1978, quando José Gama Barata fotografou o cunho inteiro, nos armazens da Casa da Moeda, pondo fim a esse mito. Alias, o cunho ainda deve andar por lá...
Mas afinal foram todas destruidas???? E as 6 magnificas apareceram de onde????
A história que foi contada na altura e que vem passando até aos dias de hoje, é que o director da Casa da Moeda da altura retirou 6 moedas antes destas serem derretidas, sendo estas as 6 magnificas.
Desde esse momento, tudo o resto é mistério. Será que não houve mais ninguém a retirar umas moeditas pensando nos lucros que poderia ter, pois afinal de contas as moedas estavam sendo destuidas na sua quase totalidade. Muita gente defende que é bem provavel que mais ninguém o tenha feito, pois na altura o coleccionismo estava muito longe daquilo que é hoje, sendo praticado pela alta sociedade que procurava grandes peças históricas, em metais preciosos, de grande valor. Ninguém iria ligar a uma moeda da República e logo a de valor facial mais baixo, e num metal pobre como o bronze.
É mais uma história da numismática portuguesa! Mesmo com toda esta história, e com a pouca probabilidade de existirem outras moedas para além das 6 sobreviventes, todos os coleccionadores deixam lá o lugar vago para quando ela aparecer...